quarta-feira, 21 de julho de 2010

MEMORIAS

Acordo e vejo-te deitada, serena como o mar em noite de verão, reflectindo o luar.
Chego, e vejo-te voando como um anjo, emanado charme e beleza impossíveis de alcançar.
Passas por mim, e o coração palpita, estremece como um terramoto.
Sentas-te ao meu lado, o teu calor aquece-me como nem mil lareiras o conseguiriam.
Deito-me, olho-te, desejo o quanto gostaria de te proporcionar esses teus sonhos, desejos e prazeres.
Se, algum dia, dei entender que não te amava, foi pura ilusão. Não foi jamais a revolta de não conseguir reconhecer o quanto estava errado. Agradeço-te a excelente companhia no jantar de serão de domingo. Mais uma vez, perguntei-me onde andei para não conseguir abrir a minha carcaça e provocar-te tantos desgostos.
Para ti é tarde.
Para mim resta-me a consolação de que por tempos fui aquilo que podia ter sido; dar prazer e felicidade no dia a dia, ver-te radiante, como sempre devias estar.
Valeu a pena?
Só o tempo o dirá, e mostrará a verdade á vida.

JAM
10/01/1997

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