quarta-feira, 21 de julho de 2010

SAUDADE

Sentei-me.
Cerrei os olhos. Focalizei radiante a cara com o sol forte e intenso.
Deixei a mente fluir pelo mar ali ao lado, e aos poucos, os raios de sol foram-me aquecendo o rosto e o corpo, como é frequente.
Vou, ora rodando para a Esq. Ora rodando para a Dtª., a fim de o seu tonificador de cor poder cobrir em toda a plenitude da minha face.
Ali sentado, frente ao sol, esticadamente parado, vou aos poucos me deliciando desta oferta tão gratuita.
Os raios trazem o calor, esse calor cobre-me, é assim como o veludo de uns lábios que me vão beijando, a testa, os olhos, o nariz.
Eles, fechados, e o nariz ofegante de prazer, as maças do rosto ardendo ao rubro de tanto receberem. Chega aos lábios, esse veludo seco diferencia-se da suavidade húmida e doce dos teus lábios.
Tomo consciências das diferenças e penso.
Desejo então, como seria bom ter-te aqui e sentir-te nestes dias deliciosos podendo saborear também essa tua boca simples e repleta de energia e mel.

JAM03/2003

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