quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Colo Feminino.

Em tempos idos, o “colo”, de uma mulher era local de muitos sinais.
Sinais de riqueza onde se exibiam jóias. A montra do seu pecúlio e capacidade de as possuir, local de exposição por excelência.
Sinais de estado de espírito e ansiedades, os calores revelavam ideias a quem de interesse.
Sinais de inquietude e estados de espírito, quando era altura de se mudar de rumo, ou mudar de estratégias.
Sinais de idade e frescura, onde se enrodilhavam, com rendas em disfarce do tempo mais avançado.
Sinais de conspiração, e de serenidade e diplomacia, onde se passa sinais de procedimentos seguintes ou alturas certas de se tomar as decisões.
Nessas mesas mais variadas enaltecidas das mais variadas formas, o único e primordial objecto que se carecia e em parceria com a sua tutora, onde através dele se transmitia os códigos certos nos momentos certos dos desfeches das situações.
O leque, esse tal objecto que hoje é tão recusado, esquecido e ridicularizado teve um papel muito importante no caminhar e das sociedades da nobreza.
Através deles e dos códigos pré estabelecidos, nas formas de abrir, fechar, rodar, abanar, tocar, retrair, na brusquidão ou não do seu manuseamento, eram dadas informações, ordens ou decisões de como se seguiria a decisão seguinte.
O usar de um leque era obrigatório, pois através dele se evitava prenunciar uma palavra. Ele foi um o transmissor de muitas decisões importantes da sociedade.
Por isso quando vejo um “colo” assim, fico fascinado, tenho tendência e sentir o seu aveludado, saborear a sua essência, cheirar o seu aroma.
Um colo como este onde a sua cor de ouro luzidio, nos faz divagar e perceber o valor da sua tutora, a pele de bronze que nos faz desejar tocar-lhe e sentir a sua magia, imaginar o odor superior a tantos perfumes raros e caros deixando-nos embriagados com o seu aroma, desejar saborear a textura de um exótico paladar que onde nos obriga a uma degustação cuidada e refinada, e quase que nos obriga a escutar aquele tique taque no peito e desejaríamos que chamasse o nossos nome em surdina.
JAM 24/09/2009

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